CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELÓIDE: 5 DICAS DE TRATAMENTO

Sabe aquele vestido lindo de alcinha, que você adora mas não consegue usar por que ele não tampa sua cicatriz?

E aquele biquini maravilhoso que está guardado há séculos, que é mais baixo e não esconde a cicatriz da sua cirurgia plástica?

Se você se identificou com essas situações, saiba que existem várias formas que podem ajudar a melhorar ou solucionar o seu problema: conheça agora 5 dicas para tratamento destas “cicatrizes patológicas!”

Mas afinal… o que é cicatriz hipertrófica ou quelóide?

Caracterizada por uma cicatrização excessiva, a cicatriz hipertrófica ou o quelóide são causados por um defeito na cicatrização.

Isso acontece por que algumas pessoas tem uma pré-disposição a ter uma hiperativação dos fibroblastos, que são responsáveis pela produção e deposição de colágeno sempre que acontece alguma lesão na pele.

O colágeno é muito importante na regeneração de lesões na pele, mas em grandes quantidades ele produz uma cicatriz elevada e deformada.

Tanto a cicatriz hipertrófica ou o quelóide podem aparecer após 3 a 4 semanas após a cirurgia ou lesão na pele.

Causas das cicatrizes hipertróficas e quelóides

Elas podem ser causadas por traumas / lesões na pele, como por exemplo:

• Cirurgias
• Traumas (facada, lesões de caco de vidro)
• Queimaduras
• Pircing
• Tatuagem

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Diferença entre cicatriz hipertrófica e quelóide

As cicatrizes hipertróficas são bem delimitadas ao local da incisão / lesão da pele. São elevadas, incomoda muito o paciente visualmente e estéticamente são feias.

Já os quelóides, eles ultrapassam muito a linha da incisão / lesão da pele. São mais difíceis de tratar e geralmente eles apresentam coceira e dor, incomodando muito o paciente. Em alguns casos pode até limitar os movimentos, principalmente quando acontece nas áreas de movimentação, como no pescoço por exemplo. Além de difíceis de tratar, apresentam alto índice de recorrência (podem voltar a formar com o tempo).

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Quem tem maior risco de ter essas cicatrizes?

Algumas pessoas já tem essa tendência, essa “pré-disposição” a desenvolver essa cicatrização excessiva.

No caso dos quelóides, hoje sabemos que ele acontece mais em pacientes com a pele negra ou nos asiáticos, como nos japoneses por exemplo.

O quelóide também é mais comum nas regiões acima da cintura como tórax, ombros e orelhas, mas pode acontecer em outras áreas do corpo também.

Como prevenir ou tratar?

Infelizmente, ambos são de difícil tratamento. A realidade é que não existem “milagres” no tratamento destas cicatrizes.

A cicatriz hipertrófica tem o tratamento difícil, porém é de mais fácil tratamento quando comparamos com os quelóides, que tem alta taxa de recidiva, isso é, podem voltar a formar com o tempo.

O ideal nesses casos é fazer uma “combinação de tratamentos” que deve ser prescrito de forma individualizada, para cada paciente por um profissional capacitado para isso.

Por isso, não se iluda achando que o creme para cicatriz que você viu na TV vai dar certo, ok?

Atualmente exitem muitos tratamentos médicos que vão a fundo do problema e mesmo assim, as vezes não resolvem. Agora, imagina então se um só creme ou pomada vai resolver!

Então não se deixe enganar! Consulte sempre um especialista!

Agora conheça as 5 dicas de tratamento:

1. Gel de silicone

Dentre as técnicas mais simples, a prescrição de gel de silicone tem conquistado muitos fãs.

A ampla variedade de formulações no mercado garante preço e acessibilidade a todos os públicos.

O gel de silicone controla a hiperativação dos fibroblastos, tendo melhor resultado na prevenção da cicatriz hipertrófica. Deve ser aplicado 2 vezes por dia, durante 3 meses.

Veja alguns exemplos de gel de silicone comercializados em farmácias e vendidos sem necessidade de receita médica:

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2. Fitas de silicone

É uma técnica simples e uma das minhas preferidas!

A fita de silicone age comprimindo a cicatriz elevada. Com isso, ela diminui a vascularização dos micro calipares sanguíneos que estão “nutrindo” os fibloblastos, modulando a deposição de colágeno naquele local.

Como resultado, temos uma cicatriz mais baixa, plana e mais clara (lembrando que o resultado depende exclusivamente de cada organismo!).

Essa fita deve ser usada em um período de que varia de 2 a 4 meses, depende do fabricante.

Geralmente essas fitas são vendidas e são auto colantes. Isso quer dizer que elas colam e descolam da pele por até 28 dias, sendo que, quando não estiverem mais colando, você deve jogar fora e iniciar o tratamento com uma fita nova, ok?

São fáceis de aplicar e tem melhor resultado na prevenção destas cicatrizes do que no tratamento.

3. Aplicação de corticóide local

É um procedimento rápido, fácil e deve ser realizado no consultório médico com anestesia local, pois é dolorido sim!

É ideal para cicatriz hipertrófica e não tem bons resultados para tratar quelóide.

O corticóide é injetado dentro da cicatriz, que fica inflamada e dolorida por alguns dias. Depois ela “murcha”, vai atrofiando, reduzindo o tamanho e clareando a pele.

Para bons resultados, precisa repetir várias vezes este processo, até que a cicatriz fique de acordo com o gosto do paciente.

Um dos benefícios (além dos estéticos), é que melhora de cara o prurido (coceira) e dor que são sintomas comuns da cicatriz hipertrófica.

Embora a taxa de sucesso seja alta, existe a reincidência de até 50% em 5 anos.

4. Cirurgia

Vamos imaginar que você operou e depois de algum tempo, 3 a 4 semanas, ficou com a cicatriz feia. O que fazer?

Uma das opções é fazer a retirada cirúrgica desta cicatriz. Sim, outra cirurgia.

No caso, se for uma cicatriz hipertrófica, o resultado estético melhora bastante.

Mas se for um quelóide, ele será retirado mas pode voltar. Alguns estudos mostram que a taxa de recorrência dos quelóides variam de 45% até 90%.

Por isso o ideal é sempre que associar outros métodos para prevenir a recorrência!

5. Cirurgia + betaterapia + fita silicone

Essa associação de tratamento é uma das melhores atualmente!

Consiste em fazer a retirada da cicatriz e logo após, 24 a 48 horas pós cirurgia, iniciar as sessões de betaterapia para inibir a deposição de colágeno em excesso nessa região e associar o uso de fita de silicone.

A betaterapia é uma variação da radioterapia, a mesma usada para tratar pacientes com câncer. São necessárias aproximadamente 10 sessões de betaterapia e o uso da fita de silicone deve ser extendido por 2 a 4 meses!

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Sucesso! Fique com Deus!

Karina Trovarelli

enfermeira estomaterapeuta